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O que fazer com tantos dados? Como o mercado global encara a hiperconectividade

Segurança não pode ser reflexão tardia, defende especialista, ao comentar impactos do compartilhamento ilimitado de informações

A hiperconectividade representa o mais alto grau de digitalização de processos, caracterizado pela integração em tempo real entre pessoas, dispositivos, sistemas e organizações. Mais do que uma simples conexão, ela inaugura uma era de colaboração, comunicação e modelos de negócio, sustentada por ecossistemas digitais avançados.

O mercado global já reconheceu esse movimento, com investimentos que superaram US$ 570 bilhões em 2024 (Grand View Research), impulsionados justamente pela demanda por soluções integradas. "Essa revolução não se limita à tecnologia; ela redefine como geramos valor, redesenhando completamente o conceito de eficiência e produtividade", explica Vinicius Menezes, engenheiro de sistemas da Unentel, distribuidora de soluções tecnológicas para o mercado B2B.

Uma consequência é o enorme fluxo de dados gerados pela interconexão de dispositivos. A explosão da inteligência artificial, da automação, das redes cada vez mais rápidas, do armazenamento em nuvem e da computação distribuída gera um volume de informações diárias sem precedentes. Para se ter uma ideia, em 2024, foram criados, capturados, copiados e consumidos 402 milhões de terabytes por dia, segundo estimativa da Statista.

Mas o que fazer com tantos dados? Para Menezes, a chave está na capacidade de transformá-los em insights acionáveis, reduzindo a latência e viabilizando aplicações inovadoras, como fábricas inteligentes, cidades conectadas e telemedicina avançada.

"Imagine um cenário onde máquinas industriais preveem falhas antes que ocorram, médicos realizam procedimentos à distância com precisão milimétrica e sistemas urbanos se autorregulam para otimizar o fluxo de tráfego e consumo de energia. Tudo isso se torna possível graças à convergência entre 5G, edge computing e inteligência artificial", continua.

O edge computing em especial — solução que processa grandes volumes de dados por bilhões de dispositivos autônomos simultaneamente — tem um destaque nesse ecossistema. "Esse tipo de tecnologia possibilita que as informações sejam processados perto da fonte, otimizando a eficiência operacional e reduzindo custos. E é essa abordagem que permite às empresas tomarem decisões críticas rapidamente, sem depender de data centers remotos", comenta o especialista.

É importante entender que hiperconectividade não deve ser um projeto de TI, mas uma redefinição cultural de como o valor é criado e entregue. Nas organizações mais visionárias, departamentos deixaram de ser áreas isoladas para se tornarem parte de uma rede inteligente, onde cada decisão é informada em tempo real e cada ação gera insights. Ou seja, não se trata apenas da tecnologia, mas do seu potencial de aplicação estratégica e de reinvenção da cultura empresarial.

No entanto, a hiperconectividade exige estratégias e investimentos contínuos em segurança cibernética e na gestão de infraestruturas complexas, visto que, à medida que mais recursos se conectam e mais dados sensíveis trafegam pelas redes, aumentam os riscos. "A segurança digital não pode ser uma reflexão tardia, ela deve ser incorporada desde o projeto inicial de qualquer solução conectada", alerta Vinicius.

Sobre a Unentel

A Unentel Distribuição tem mais de 40 anos de mercado, distribuindo grandes marcas com soluções de videoconferência, audiovisual, redes LAN/WLAN, cibersegurança, devices e automação em todo o território nacional. Focada no público B2B, destacou-se entre as empresas que mais cresceram no país por dois anos seguidos, no Ranking EXAME Negócios em Expansão de 2021 e 2022, tornando-se referência no setor de tecnologia brasileiro.