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O que a sua Marca Jurídica tem a ver com Jennifer Aniston e Neurônio-Conceito?

Sua marca jurídica precisa marcar a mente do cliente — quem não é lembrado, não é contratado

O que o cérebro revela sobre lembrança e escolha?

Em 2005, pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA) estavam estudando o cérebro de pacientes com epilepsia. Para entender melhor o que acontecia durante uma crise, eles implantaram pequenos eletrodos em regiões específicas do cérebro.

Foi então que descobriram algo inesperado: um único neurônio que só disparava quando o paciente via a foto da Jennifer Aniston. Sim, aquela mesma atriz que fez enorme sucesso nos anos 90 como protagonista da série Friends, que marcou uma geração e foi casada por muitos anos com o ator Brad Pitt. Quem tem mais de 25 anos certamente sabe quem ela é.

Esse neurônio não ativava com outras atrizes. Nem com o Brad Pitt. Bastava mostrar uma imagem dela, escrever seu nome ou até somente mencionar “Jennifer Aniston” — e o mesmo neurônio se acendia.

Essa descoberta deu origem a compreensão do neurônio-conceito.

Leia o estudo completo Fried, Quiroga, Koch et al., Nature 2005 (PDF)

Mas o que é, afinal, um neurônio-conceito?

É um tipo especial de neurônio que representa um conceito específico no cérebro. Esse conceito pode ser uma pessoa, uma ideia, um lugar, uma marca.

Ou seja, é como se o cérebro criasse um atalho de memória rápido e direto: quando algo ativa esse conceito (uma imagem, uma palavra, uma necessidade), o cérebro automaticamente acessa aquele neurônio — aquela lembrança.

E por que o cérebro faz isso?

Porque ele é uma máquina eficiente. Criar atalhos mentais é a forma que o cérebro encontra de poupar energia e tomar decisões com mais rapidez. Ele prefere reconhecer algo familiar do que processar tudo do zero.

Preferência leva à familiaridade…
Familiaridade leva à escolha.

E o que isso tem a ver com o seu escritório?

Tudo!

Quando alguém pensa em um problema jurídico, o cérebro também procura um atalho. E se o seu escritório estiver bem posicionado como referência em uma área ou tipo de solução, há uma grande chance de ele ser o primeiro a ser lembrado.

Esse é o seu “momento Jennifer Aniston”. É quando a sua marca se torna um neurônio-conceito na mente do cliente.

Vamos da Marca Jurídica: o que são Branding e Brand Awareness?

BRANDING

É o processo de construir uma marca com intenção. Significa decidir o que o seu escritório representa, como se comunica, como se diferencia, como se comporta e qual sensação ele transmite.

Não se trata somente de ter um logo bonito ou um cartão bem diagramado. É sobre a imagem emocional e racional que você deixa na mente de quem te encontra.

BRAND AWARENESS

É o grau de consciência e lembrança que as pessoas têm da sua marca. É quando alguém vê uma frase, uma cor, um tema — e pensa em você sem esforço.

Existem dois tipos principais:

Reconhecimento (recognition): a pessoa vê algo e pensa “já vi isso antes”.

Lembrança espontânea (recall): a pessoa lembra do seu nome sem nenhuma dica.

Quanto mais forte for o awareness, menor será o esforço para ser escolhido quando o cliente estiver diante de um problema jurídico.

Branding, Awareness e o Cérebro: a tríade da lembrança

Branding cria a identidade.

Brand awareness fixa essa identidade na mente das pessoas.

Neurônio-Conceito entra em ação quando essa marca se transforma em um atalho automático no cérebro.

Como fazer isso, na prática, no seu dia a dia?

1. Escolha um território claro para sua marca ocupar

Você não pode ser lembrado por tudo. O cérebro adora simplificar.

Você quer ser o escritório lembrado por resolver crises empresariais? Ou por proteger famílias em momentos delicados?

Foco traz clareza...
Clareza traz memória.

2. Seja consistente até cansar (mas sem ser chato)

Seu tom de voz, sua paleta de cores, seus posicionamentos… tudo precisa bater na mesma tecla. O cérebro aprende por repetição — e adora padrões.

Fale menos sobre você e mais sobre o problema real do cliente. Apresente soluções com clareza, mostre que entende o momento do cliente, crie conexão por meio da empatia e comprove resultados com cases reais de sucesso. (sem violar o Código de Ética e Disciplina, claro).

3. Cumpra o que promete

A confiança em um escritório não resiste à experiência frustrante do cliente.

Se o cliente vê seu escritório no LinkedIn com um post elegante, mas recebe um e-mail frio e burocrático, ele sente ruído. E o cérebro rejeita ruído.

A experiência precisa confirmar a promessa feita pelo marketing.
SEMPRE!

No fim das contas… ou você marca… ou é esquecido.

Anote , o cérebro do seu potencial cliente está fazendo escolhas antes mesmo dele perceber. Ele está economizando energia, buscando referências rápidas, ativando atalhos. E se a sua marca jurídica não estiver entre essas conexões confiáveis e acessíveis, você simplesmente não será lembrado na hora certa.

É por isso que branding e brand awareness não são luxo — são ferramentas de sobrevivência e crescimento num mercado onde todos parecem dizer o mesmo. Quando esses conceitos se conectam ao funcionamento real do cérebro — como nos estudos sobre o neurônio da Jennifer Aniston — percebemos que uma marca forte não é só bonita ou bem posicionada.

É gravada, ativada e escolhida.

Não esqueça! A lembrança da marca não é gerada da noite para o dia.

Ela precisa ser construída, nutrida e reforçada com consistência. E isso começa desde a sua estratégia de comunicação, passa pela Produção de Conteúdo Relevante, por uma presença positiva no Google Meu Negócio, pela Participação em Palestras, Entrevistas, Eventos e pelo fortalecimento contínuo da sua REPUTAÇÃO.

Cada ponto de contato é uma chance de ativar — ou não — o neurônio-conceito certo na mente do cliente.

Você pode continuar sendo somente mais um nome entre tantos.
Ou pode começar hoje a construir o tipo de marca que o cérebro não esquece.

A escolha — como sempre — é sua.
Mas a lembrança… essa precisa ser do cliente.

Diego Parra Gerente de Marketing e Business Development no Battaglia & Pedrosa Advogados, especialista em Neuromarketing e estratégias de marketing jurídico. Possui ampla experiência em inbound marketing, SEO, análise de dados e coordenação de produção de conteúdo. Co-autor do livro digital "Pedindo Vista" e colunista do site www.onmarketingjuridico.com.br e palestrante convidado na Fenalaw.