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É sabido que o Produto Interno Bruto (PIB), calculado anualmente, é o primeiro indicador do poder econômico dos países. Se dividido pela população, indica o nível de prosperidade média, que pode ser comparado com a de outros países ou regiões.
O que é menos sabido é que toda empresa, seja ela uma microempresa ou uma grande corporação, tem o seu PIB. Esse PIB empresarial é dado pela diferença entre as vendas de bens e serviços e as compras (de insumos, mercadorias, serviços) feitas de outras empresas. Essa margem (vendas menos compras) é chamada apropriadamente de Valor Adicionado por indicar quanto o empresário acrescenta de valor aos bens e serviços que adquire de terceiros. Somando o valor adicionado por todas as empresas obtemos o PIB.
O empresário não pode determinar a seu bel prazer o valor adicionado. De fato, o empresário tem um patrão implacável: o cliente. Quanto vale um produto ou serviço? O que o cliente estiver disposto a pagar. É somente pela satisfação da clientela, entregando bens e serviços de qualidade na medida, quantidade, qualidade, apresentação, tempo, local e forma de pagamento aceitas pelo cliente que o empresário pode “manter as portas abertas” e prosperar.
O Valor Adicionado gerado pelo empresário é totalmente distribuído aos que contribuíram para realizar a receita de vendas. Parte remunerará os trabalhadores empregados ou autônomos; parte será entregue como compensação aos financiadores da empresa; parte será paga como aluguel ou direitos aos que cederam bens duráveis à empresa.
O resíduo que sobrar ficará com o empresário, como lucro do negócio. Esse lucro será em parte retirado para o consumo dele e da família, mas em grande parte será usado para novos investimentos, no próprio negócio ou em outro. Esses investimentos, por sua vez, gerarão mais valor adicionado, mais rendimentos distribuídos, mais novos investimentos, na dinâmica da prosperidade.
O interessante é que o PIB, agregando o valor adicionado em toda a economia, é nada mais que a soma dos valores adicionados em cada empresa. É na empresa que a riqueza é gerada e distribuída. (A apropriação de parte dessa riqueza pelos governos e seu uso em gasto público é assunto para outra ocasião.) O empresário não consegue prosperar sozinho; a riqueza que gera é compartilhada por muitos. O que faz o empresário é, em síntese, organizar a produção.